quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Meeting Point da Figueira da Foz recebeu workshop sobre agricultura biológica

O Meeting Point da Figueira da Foz recebeu no passado domingo um workshop sobre agricultura biológica. Rosa Rodrigues, produtora de produtos biológicos, que também dá formação nesta área, combinou bom humor e espontaneidade, com tiradas argutas e uma dose q.b. de filosofia, ensinando as boas práticas da cultura biológica e questões como as diferenças entre adubos e fertilizantes, a aplicação de corretivos para corrigir e equilibrar o PH dos solos, o porquê do desaconselhamento do reviramento do solo e das leiras profundas assim como o não fresamento, que mata muitos organismos necessários à boa cultura biológica. 
No afolhamento, aconselhou a dividir o espaço agrícola em pelo menos cinco partes de culturas diferentes, sendo que a primeira deverá ser de leguminosas, por estas terem a capacidade de captação de azoto e formarem na raiz a bactéria “rhizobium” que o fixa ao solo, ajudando todas as culturas que lhe estejam adjacentes. Com esta divisão, o ciclo será de 5 anos e não saturará os solos, conseguindo-se sempre um equilíbrio sustentável que é um dos princípios fundamentais da cultura biológica. 
Foi também abordada a questão dos estrumes que devem ser sempre combustados para que haja um equilíbrio entre o azoto e o carbono. A coassociação de culturas, por exemplo como o milho, feijão e abóbora; o afastamento das pragas pelo cheiro, com o plantio de espécies como o cravo túnico, bem como o combate ao míldio, mantendo a distância entre culturas, foram outros pontos abordados. De acordo com a formadora, o termo «biológico» não é mais do que a agricultura natural praticada pelos nossos avós, garantindo a preservação dos solos e produzindo produtos de qualidade, num equilíbrio perfeito entre o ambiente e o homem, mesmo que tenha que ser certificado para ser usado em termos comerciais.

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