terça-feira, 29 de julho de 2014

Recordando Carlos Sombrio no 120º aniversário do seu nascimento

António Augusto Esteves, que usou o pseudónimo literário “Carlos Sombrio”, nasceu há 120 anos (29 de Julho de 1894) na Figueira da Foz, cidade onde viria a morrer a 25 de Março de 1949.
Proprietário de um estabelecimento de ourivesaria e relojoaria na Praça Nova (Praça 8 de Maio), iniciou a sua atividade literária no jornal “A Voz da Justiça”.
Desde 1920 e quase até ao fim da vida, foi um colaborador ativo da imprensa portuguesa, dispersa por quase uma centena de periódicos de todo o país, e manteve páginas literárias nos jornais “Gazeta de Coimbra” e “Notícias de Gouveia”.
Praticou remo, como timoneiro, na Associação Naval 1º de Maio, da qual foi, em 1920, nomeado sócio honorário e de cuja biblioteca foi patrono.
Proferiu inúmeras conferências e organizou saraus artísticos memoráveis, alguns dos quais transmitidos pela antiga Emissora Nacional. A sua vastíssima produção literária abarcou diferentes géneros: contos, crítica e divulgação dos mais diversos autores, poesia, teatro (principalmente operetas e outras peças musicadas), inúmeros prefácios, textos acerca de desportos náuticos, biografias, estudos de história local, propaganda turística, entre outros.
Foi colecionador de bilhetes-postais ilustrados, ex-libris, livros, autógrafos, pintura, todo um espólio que, por sua morte, seria doado à Biblioteca e Museu Municipais, do qual fazem parte dezenas de manuscritos e outras produções inéditas.
O seu nome faz parte, desde 1995, da toponímia figueirense.
Recorde-se que Carlos Sombrio se encontra representado na Antologia de Poetas Figueirenses (1875-2013), livro eletrónico editado pelo Município da Figueira da Foz no início de 2014.
“Sejamos superiores às paixões clubísticas exageradas, aos egoísmos pessoais, unamo-nos num forte abraço de solidariedade familiar e desportiva, ante esta grande e eterna verdade: os homens passam – as obras ficam!”
(Carlos Sombrio in “A Associação Naval no passado, no presente e no futuro”, conferência proferida em 1939.)

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