Junta de Freguesia de São Julião da Figueira da Foz inaugurou Central de Energia

-Sistema de microgeração fotovoltaica e de central de aquecimento a biomassa-

Recentemente o Sr Presidente da CMFF procedeu à inauguração do sistema em epígrafe nas instalações da Junta de Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz.
A montagem do sistema foi precedida de um estudo de viabilidade económica, feito, a título gracioso, por um economista da cidade, Dr Pereira da Costa, que refere que o investimento, da ordem dos 20 mil euros, será amortizado em 7/8 anos.
O sistema, previamente licenciado e vistoriado após montagem pela agência governamental que superintende nos assuntos concernentes às energias renováveis - CERTIEL - foi directamente ligado à rede eléctrica, após contrato firmado com a EDP, que procederá à amortização da quantia relativa à energia produzida, na factura da energia consumida pela Junta de Freguesia, a um preço por quilowat cerca de 2,5 vezes superior ao preço a que a energia consumida é debitada, nos primeiros anos de vigência de contrato.
Estima-se que a produção média diária de energia seja da ordem dos 25 quilowats, o que faz com que, apesar dos equipamentos terem ainda custos elevados e o seu índice de transformação (rácio entre a energia recebida pelos painéis fotovoltaicos e a energia produzida pelos mesmos) ser ainda muito baixo, cerca de 13%, o investimento seja rentável. Os custos de manutenção segundo especialistas independentes, serão muitos baixos, dado que o painel fotovoltaico se comporta como a folha de uma planta quando realiza a fotossíntese, pois capta os fotões dos raios solares, que ao atravessarem as camadas das células fotovoltaicas são transformados directamente em energia eléctrica, sem que se verifique o movimento de quaisquer peças ou engrenagens para a produção de energia, como acontece no caso da energia eólica ou da energia proveniente das marés.
Segundo informação da empresa que instalou o sistema, a Junta de Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz é pioneira, no Distrito de Coimbra, no recurso à energia renovável e pretende com esta opção dar consistência às suas preocupações de natureza ambiental, dando o seu contributo ainda que extremamente reduzido para o combate à dependência energética e para a redução da peugada ecológica. Pretende também ainda com esta ação constituir-se em exemplo para os habitantes de S. Julião que tenham disponibilidade para poderem instalar sistemas congéneres e apoiá-los em ordem a esclarecê-los acerca de todas as diligências que se torna necessário efectuar, até à colocação em funcionamento dos equipamentos para produção de “energia verde”, uma vez que, como pudemos constatar, todo o processo se encontra ainda muito burocratizado.