Proprietário de um estabelecimento de ourivesaria e
relojoaria na Praça Nova (Praça 8 de Maio), iniciou a sua atividade literária
no jornal “A Voz da Justiça”.
Desde 1920 e quase até ao fim da vida, foi um colaborador
ativo da imprensa portuguesa, dispersa por quase uma centena de periódicos de
todo o país, e manteve páginas literárias nos jornais “Gazeta de Coimbra” e
“Notícias de Gouveia”.
Praticou remo, como timoneiro, na Associação Naval 1º de
Maio, da qual foi, em 1920, nomeado sócio honorário e de cuja biblioteca foi
patrono.
Proferiu inúmeras conferências e organizou saraus
artísticos memoráveis, alguns dos quais transmitidos pela antiga Emissora
Nacional. A sua vastíssima produção literária abarcou diferentes géneros:
contos, crítica e divulgação dos mais diversos autores, poesia, teatro
(principalmente operetas e outras peças musicadas), inúmeros prefácios, textos
acerca de desportos náuticos, biografias, estudos de história local, propaganda
turística, entre outros.
Foi colecionador de bilhetes-postais ilustrados,
ex-libris, livros, autógrafos, pintura, todo um espólio que, por sua morte,
seria doado à Biblioteca e Museu Municipais, do qual fazem parte dezenas de
manuscritos e outras produções inéditas.
O seu nome faz parte, desde 1995, da toponímia
figueirense.
Recorde-se que Carlos Sombrio se encontra representado na
Antologia de Poetas Figueirenses (1875-2013), livro eletrónico editado pelo
Município da Figueira da Foz no início de 2014.
“Sejamos superiores às paixões clubísticas exageradas,
aos egoísmos pessoais, unamo-nos num forte abraço de solidariedade familiar e
desportiva, ante esta grande e eterna verdade: os homens passam – as obras
ficam!”
(Carlos Sombrio in “A Associação Naval no passado, no
presente e no futuro”, conferência proferida em 1939.)
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