Banda da Armada executou obras musicais do compositor e maestro Francisco M. Relva Pereira
A
Banda da Armada apresentou recentemente diversas obras do compositor
Francisco M. Relva Pereira, fortalecendo o vínculo entre a criação
musical contemporânea e a memória histórica nacional.
No
passado dia 9 de novembro, em Santana – Figueira da Foz, a
prestigiada Banda da Armada executou duas obras do referido
compositor, no âmbito do encerramento das comemorações do 131º
aniversário da Banda de Santana, onde o compositor referido é
maestro.O
momento revelou-se histórico em vários sentidos. Uma das obras
interpretadas foi “Santana Nova Freguesia”, tocada e cantada
juntamente com os elementos da Banda de Santana, peça que
permanecera em arquivo desde a extinção da antiga freguesia. A
segunda obra apresentada foi o poema descritivo “Ao Rei Fundador”,
dedicado a D. Afonso Henriques e ao Tratado de Zamora, acompanhada
por narração.
Mais
recentemente, no dia 29 de novembro, no Teatro São Luiz, em Lisboa,
durante o Concerto de Portugal, da Restauração e da Independência
Nacional, integrado na Gala da Sociedade Histórica da Independência
de Portugal (SHIP), a Banda da Armada, sob a direção do Maestro
Capitão de Fragata Délio Gonçalves, voltou a interpretar uma obra
de Francisco M. Relva Pereira, maestro e compositor natural de Ançã.
A
peça apresentada, de forte carácter narrativo e visual, ultrapassa
o domínio musical tradicional. Trata-se de um verdadeiro poema
sinfónico, com elementos programáticos que evocam episódios
marcantes da história de Portugal. A sua construção artística,
simultaneamente evocativa e descritiva, proporciona ao público uma
experiência imersiva, ligando-o ao passado glorioso da nação e
prestando um tributo profundo ao seu Rei fundador.
Além
da interpretação da sua obra, importa destacar que o compositor
Francisco M. Relva Pereira foi convidado pela Sociedade Histórica da
Independência de Portugal (SHIP) a estar presente na gala, uma vez
que é Consultor para a área da música desta prestigiada
instituição. O compositor teve assim o privilégio de assistir à
execução da sua obra, que, no final, foi calorosamente aplaudida e
ovacionada de pé pelo público, num reconhecimento claro do valor
artístico e simbólico da composição.
No
dia 1º de dezembro, no exercício das funções que assumiu na
Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o compositor
Francisco M. Relva Pereira marcou presença na Tribuna Oficial,
acompanhando as cerimónias protocolares nacionais das comemorações
da Restauração.
Durante
a tarde, voltou a ocupar lugar na Tribuna, desta vez no XII Desfile
Nacional de Bandas, onde esteve em representação da SHIP e da
Confederação Musical Portuguesa, reforçando a ligação
institucional entre estas entidades e o movimento bandístico
nacional. (Texto de António
Parreiral)
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