Terceira Talk da Nova Polis sobre o futuro da Figueira da Foz
A
importância do planeamento / A regeneração urbana / A necessidade
das pessoas
A
NovaPolis - Associação Cívica da Figueira da Foz, em parceria com
o Movimento Parque Verde e o SOS Cabedelo, levou a cabo a terceira
Talk sobre o futuro da Figueira da Foz, contando com a sala de
conferências do Sweet Atlantic Hotel & Spa totalmente esgotada
para ouvir quatro especialistas nacionais em matéria de territórios
inteligentes sobre os caminhos a trilhar para uma estratégia de
desenvolvimento sustentado e sustentável para a Figueira da Foz.
A
conferência foi aberta pelo Presidente da NovaPolis, Nuno Maurício,
o qual salientou que “Na
Figueira da Foz ainda há muito trabalho por fazer para caminharmos
para um território inteligente e sustentável, mas tudo começa com
o Município a assumir esse objetivo e sobretudo com o envolvimento
das pessoas enquanto agentes ativos desta transformação. E
depois não podemos desperdiçar as oportunidades que os fundos
comunitários nos oferecem para ajudar a Figueira da Foz nesse
caminho, desde ter edifícios mais sustentáveis e a criar bairros
comerciais digitais mas também a oferecer às pessoas mais qualidade
dos serviços de saúde ou de transporte”.
Extratos
das intervenções dos palestrantes:
Miguel
Saraiva (Ceo Saraiva & Associados):
"...o
paradigma do desenho das cidades atual é centrado numa coisa que
todos nós conhecemos, que são os loteamentos! As cidades em
Portugal não crescem com base em planeamento mas sim em loteamento e
esse é o primeiro grande erro que nós temos para atingir o
paradigma de uma smart-city, porque respondemos a ciclos políticos
curtos e as cidades, para se tornarem smart, têm que ser planeadas,
pensadas, refletidas e postas em prática..."
Paulo
Carapuça (Administrador do Grupo Casais):
“Quando
olhamos para as smart cities, temos que olhar para o equilíbrio
espacial, equilíbrio social (das pessoas), e para a forma como
integramos tudo isto. Por isso é que foi aqui referido que as
cidades devem ter 15 minutos: nós devemos sair de casa e chegar ao
sítio que nos propusemos chegar em no máximo 15 minutos. No fundo,
a cidade inteligente deve querer aproximar as pessoas dos seus
objetivos do dia-a-dia”.
João
Armando Gonçalves (ISEC):
"Hoje
em dia já não é possível ter aquela ideia que alguém foi eleito,
e durante 4 anos os cidadãos não têm nada para dizer... quando
falamos de smart cities estamos a falar de várias dimensões. Quando
queremos ter uma cidade inteligente, temos de cuidar de várias
coisas ao mesmo tempo, e não só pelo facto de passarmos a ter uma
aplicação tecnológica na CM. Estamos a falar de economia, de
mobilidade, de governança, do ambiente, da qualidade de vida, e das
próprias pessoas se poderem qualificar e fazer parte deste esforço
conjunto em tornar as cidades mais inteligentes”.
Ricardo
Martins (Deloitte):
"Ser
smart-city náo é só tecnologia, tem toda a parte de planeamento da
própria cidade e uma das questões que acho relevante é justamente
a dos espaços verdes, estamos muito centrados, tipicamente, em
reduzir as emissões, nos edifícios, na parte da mobilidade, mas a
parte do planeamento dos espaços verdes, que nos pode ajudar a
compensar parte dessas emissões, tem sido de alguma forma descurada
até aos dias hoje..."
Estes
eventos têm como main sponsor no Sweet
Atlantic Hotel & Spa.
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