segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Associação Cívica Nova Polis da Figueira da Foz levou a efeito mais uma Talk que teve casa cheia: -A Cidade a Falar do seu Futuro!

Onde se debateram temas como o novo Centro de Interpretação Marinho, o aproveitamento da Praia da Claridade, e o mel urbano, que dominaram esta segunda sessão das Figueira Talks 

A NovaPolis - Associação Cívica da Figueira da Foz, em parceria com o Movimento Parque Verde e o SOS Cabedelo, levou a cabo a segunda Talk sobre o futuro da Figueira da Foz, contando com a sala de conferências do Sweet Atlantic Hotel & Spa totalmente esgotada para ouvir cinco especialistas nacionais em temas ambientais sobre caminhos para lidar com as emergências ambientais e para uma estratégia de desenvolvimento sustentado e sustentável para a Figueira da Foz. 

A conferência foi aberta pelo presidente da NovaPolis Nuno Maurício o qual salientou que “o tempo para responder às emergências ambientais que se assistem na Figueira da Foz é ontem, porque situações como o agravamento da taxa de erosão na zona entre a Cova-Gala e a Leirosa, com recuos na ordem dos 40 metro, ou a acumulação de areia na barra da Figueira da Foz com diversos naufrágios e inúmeras mortes, só demonstram que não está a ser feito o que devia”. Já Eurico Gonçalves, representante do SOS Cabedelo, deu nota de que “o SOS Cabedelo há mais de oito anos que vem alertando diversas entidades, entre elas o Governo e a Assembleia da República, sobre o "perigo" do assoreamento da barra. "Temos a areia toda no problema e precisamos dela para nos ajudar as construir as soluções, quer de segurança da navegação, quer para contrariar a erosão costeira.” 

A sessão de abertura terminou com o representante do Movimento Parque Verde, Luís Pena, relembrando o percurso de mais de vinte anos daquela associação bem como a sua carta de princípios como ainda completamente atual, para concluir que “Cidadania é também saber sair da zona de conforto, dar a cara e lutar por causas justas, sendo que na Figueira da Foz temos muitas causas justas pelas quais lutar!” 

De salientar ainda as intervenções dos palestrantes: 

Laura Lourenzo (Green City Makers) - defendeu que “é essencial fazer a mudança acontecer com as nossas próprias mãos e em comunidade, o cuidado que devemos ter com a natureza parte da construção de uma relação mais íntima com ela. As pessoas nem se lembram que as árvores lá estão. Nas nossas avenidas, à porta de casa. Por isso, dar-lhes o nome de alguém da cidade pode ser o laço que os cidadãos precisam e o mote para transformar o seu bairro em mais verde e mais saudável”;

Miguel Figueira (SOS Cabedelo) - partindo da importância do projecto do Novo Bauhaus Europeu, defendeu que “se a solução do bypass é atualmente consensual como tecnicamente adequada para resolver os problemas da areia na Figueira da Foz, a sua implementação urgente deve ser uma reivindicação de todos; mas é igualmente essencial começar, desde já, a planificar o que deve ser o aproveitamento do imenso areal da Praia da Claridade porque a ligação de proximidade das pessoas ao mar faz parte da história da Figueira da Foz e é um dos motores do desenvolvimento económico”; 

João Vaz (Movimento Parque Verde) - alertou que “a Figueira da Foz tem que rapidamente inverter o cenário a nível dos resíduos, uma vez que não é sustentável a recolha seletiva apenas representar 14%, mantendo-se como resíduos indiferenciados 86% de todos os resíduos que são produzido”. Salientou ainda que “apesar de poder haver um melhor aproveitamento do areal da Praia da Claridade é essencial que sejam preservados os nichos ecológicos de elevado valor que ali surgiram nos últimos anos e que são fundamentais para um melhor ambiente”. Por último, salientou que “a Figueira da Foz tem condições ímpares para se afirmar como um concelho líder em matéria ambiental, podendo investir com sucesso num Centro de Interpretação Marinho ou até na criação de mel a nível do seu centro urbano”. 

Jorge Cristino (Gestor Público na áea ambiental) - depois de ter procedido à apresentação do seu livro "A missão das cidades no combate às alterações climáticas: A Governança Multinível para o Êxito da Saúde Planetária", defendeu “em primeiro lugar, a definição de um conjunto de indicadores e uma métrica ao nível ambiental, sendo que esses indicadores devem ser utilizados como medição da performance ambiental dos dados das cidades, das organizações e, no limite, a monitorização da pegada ecológica das próprias cidades; e esta métrica pode influenciar os orçamentos das cidades, dos estados e das organizações e redistribuir, em função dessa performance, o valor associado”; 

Sérgio Ribeiro (Planetiers) - depois de apresentar a Planetiers enquanto plataforma que reúne projetos empresariais com preocupações ambientais, salientou que “há cada vez mais pessoas conscientes do impacto que elas próprias ou as suas empresas provocam no ambiente, principalmente nos mais jovens, sendo há um trabalho muito importante por fazer que é de indicar a essas pessoas formas de contribuir para um planeta mais sustentável!’ 

Próxima Talks: 26 de janeiro, 18h00: "Como transformar a Figueira da Foz numa Smart City"? Estes eventos têm como main sponsor o Sweet Atlantic Hotel & Spa.

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