"A Rede Interinstitucional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica da Figueira da Foz (RIAVVD) iniciou a sua intervenção em junho de 2004 com 8 entidades parceiras.
No dia 7 de dezembro de 2011 foi assinado o II Protocolo desta Rede, com 10 entidades parceiras, entre
as quais a Câmara Municipal.
No dia 24 de Outubro de 2014 a RIAVVD assinalou 10 anos de existência e assinou o novo Protocolo da RIAVVD, agora com 12 entidades parceiras, a saber: Administração Regional de Saúde do Centro, IP; Associação Fernão Mendes Pinto; Associação Goltz de Carvalho; Câmara Municipal da Figueira da Foz; Casa Nossa Senhora do Rosário; Centro Distrital de Coimbra do Instituto de Segurança Social, IP; Centro Humanitário do Baixo Mondego; Centro Social da Cova e Gala (atual entidade coordenadora); Delegação da Figueira da Foz da Cruz Vermelha Portuguesa; Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais – Delegação Regional de Reinserção do Centro; Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE; Unidade de Violência Familiar/CRI Psiquiatria e Saúde Mental/CHUC; Grupo V!!!.
A RIAVVD desenvolve a sua intervenção em todo o Município, diretamente com pessoas envolvidas em situações de violência doméstica; presta apoio a vítimas mas também, sempre que possível, aos agressores e às suas famílias; promove ações de sensibilização e de informação sobre a temática, prevenindo potenciais situações deste tipo e divulgando o trabalho da Rede.
Tem como objetivos a articulação entre as entidades parceiras na sinalização, encaminhamento e acompanhamento das vítimas de violência doméstica; dotar de maior competência profissional e pessoal
os técnicos com intervenção direta nesta problemática; contribuir para um melhor e mais aprofundado conhecimento do fenómeno; contribuir para uma uniformização de procedimentos na intervenção; apoiar as vítimas de violência doméstica a nível psicossocial e a reformular o seu projeto de vida e sensibilizar parceiros e comunidade em geral para a colaboração com a Rede.
Divide-se em dois grupos:
-O Grupo de Dirigentes, constituído por dirigentes/representantes das entidades que integram a RIAVVD e que reúne ordinariamente duas vezes por ano;
-A Equipa Técnica, constituída por técnicos das entidades parceiras e que reúne ordinariamente uma vez
por mês para discussão conjunta de processos e extraordinariamente sempre que necessário.
Os elementos que integram a Equipa Técnica acompanham os utentes cujos processos são abertos na
RIAVVD.
Breve Caracterização Processual 2015: No ano de 2015 foram instaurados (novos) 28 processos. Todas as vítimas de violência doméstica acompanhadas eram do sexo feminino. A violência psicológica associada à violência física (ambas) são as formas mais frequentes de violência relatadas.
Caracterização das Vítimas de Violência Doméstica: A maioria das vítimas tem entre 31 e 40 anos de idade; A maioria das vítimas tem habilitações ao nível do 3.º ciclo do ensino básico; A maioria das vítimas vive dos rendimentos do seu trabalho, trabalhando por conta de outrem; A maior parte dos processos instaurados refere-se a vítimas que residem nas freguesias urbanas, nomeadamente Buarcos e São Julião.
Caracterização dos Agressores:
Quanto aos agressores, na sua maioria estes coabitam com as vítimas e têm com estas relações familiares; Os cônjuges/companheiros são os agressores mais frequentes; Em algumas situações há mais do que um agressor (ex. cônjuge e filho); A maioria dos agressores tem entre 31 e 40 anos de idade, tal como as suas vítimas; A maioria dos agressores tem habilitações ao nível do 1.º ciclo do ensino básico.
À semelhança das vítimas, também a maioria dos agressores reside na freguesia de Buarcos e São Julião.
Durante o ano de 2015, a RIAVVD acompanhou ainda mais 30 processos que transitaram ativos de 2014 (todos do sexo feminino). Assim, neste ano foram acompanhados um total de 58 processos.
Ao nível da prevenção e da sensibilização para a temática, a RIAVVD dinamizou o Debate subordinado ao tema “A entrevista na identificação dos sinais e sintomas do mau trato e abuso em crianças e adolescentes”, dinamizado pela Dra. Jeni Canha, no dia 27 de fevereiro de 2015, no Pequeno Auditório do CAE da Figueira da Foz, inserido no Ciclo de Debates “Quando os Laços Magoam…” da CPCJ da Figueira da Foz.
Participou no 6º Encontro do Grupo V!!! - Violência, informação, investigação, intervenção, a convite do Dr. João Redondo, realizado a 03 de maio de 2015 no Auditório Bissaya Barreto, Coimbra, e na Celebração do Dia da Mulher, a 08 de março de 2015, no evento “De mãos dadas com o medo”, que decorreu no Auditório do Museu Municipal e que foi organizado por um grupo de mulheres do Município. Participou também no ‘Encontro da Rede Interinstitucional de Animação para Idosos – comemorações dos 15 anos’ integrando o painel dedicado ao tema “Violência no Idoso”, realizado a 28 de outubro de 2015, no Pequeno Auditório do CAE, e nas atividades comemorativas do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, promovidas pelo Projeto “Parentalidades” da Associação Fernão Mendes Pinto, tendo colaborado nas ações desenvolvidas na área do Município da Figueira da Foz. No dia 24 de novembro, no Pequeno Auditório do CAE da Figueira da Foz, 162 alunos do ensino secundário e profissional das Escola Secundária com 3.º CEB Dr. Bernardino Machado, Escola Secundária com 3.º CEB de Cristina Torres e da Escola Profissional da
Figueira da Foz, participaram numa Sessão de Cinema e Debate sobre o tema, com base na Curta-Metragem “As maltratadas” de Ana Campina. Na tarde do dia 25 de novembro, numa das Salas Polivalentes do CAE, realizou-se um Sessão de Trabalho sobre “A intervenção em rede”, que contou com reflexões do Sr. Procurador da República Dr. José Mário Nogueira da Costa e com a presença de 25 técnicos que desenvolvem trabalho nas áreas do apoio às vítimas de violência doméstica e/ou nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens. No Jardim Interior do CAE da Figueira da Foz, de 24 de novembro a 4 de dezembro, esteve patente ao público a Exposição de Pintura “Metáforas de VVD”, de Sónia Honório, sobre a temática da violência doméstica.
No presente ano a RIAVVD continua a prosseguir os seus objetivos, apoiando diretamente vítimas de violência doméstica e suas famílias."
(A Entidade Coordenadora da RIAVVD, Centro Social da Cova e Gala)
O local de lançamento está relacionado com a sua proximidade com o Vale de Seiça e com as populações da Borda do Campo para quem a capela e o convento assumem especial significado. 
