segunda-feira, 28 de julho de 2025

Quarteto de Cordas Achillea na Figueira da Foz em residência artística na Filarmónica Dez de Agosto!

A Sociedade Filarmónica Dez de Agosto da Figueira da Foz, que se encontra a assinalar 145 anos de existência e aberta a novas reflexões e caminhos no âmbito da música, vai receber na sua sede na Rua das Rosas 45 o Quarteto Achilea para uma residência artística, entre os dias 1 e 5 de agosto.Achillea é o nome de um quarteto de cordas, nascido em 2024, constituído por músicos profissionais e altamente experientes, que se juntaram com o desejo de partilhar com o público uma visão diversificada da música portuguesa nas suas várias vertentes e tradições. O Achillea é um laboratório de experiências sonoras, atribuindo uma leitura contemporânea sobre temas conhecidos ou por recordar da nossa música.

Bebendo da música de raiz tradicional, dos cantares rurais tradicionais, do fado, das cantigas de amigo, das músicas palacianas ou mesmo da criação totalmente nova, o quarteto Achillea tenta reinventar o programa camerístico, fugindo à tradição clássica estabelecida do repertório do quarteto de cordas (já tão bem representada por renomados agrupamentos nacionais e internacionais), embrenhando-se num mundo de diferentes sonoridades, de esbatimento de fronteiras, criando uma expressão e identidade próprias, distintas, abrindo um novo espaço à escuta.

O Achillea estará na Figueira da Foz entre 1 e 5 de agosto próximo e abrir-se-á a troca de experiências e de conversas com os interessados.

=Saiba mais sobre o Achillea AQUI=

Arrancou a ampliação do Cais Comercial do Porto da Figueira da Foz: “uma obra que vai ficar para o futuro”

Realizou-se na semana passada a cerimónia que assinala o início de uma nova fase da empreitada de Melhoria das Acessibilidades Marítimas e Infraestruturas do Porto da Figueira da Foz, com a cravação da primeira estaca da ampliação do Cais Comercial. O momento contou com a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, e o Presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, marcando o arranque de uma obra que pretende reforçar a competitividade e a capacidade operacional do porto. Na cerimónia esteve ainda o Capitão do Porto, a presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, o presidente comunidade portuária da Figueira da Foz, o Comandante do Destacamento de Controlo Costeiro da Figueira da Foz, as representantes da Delegação de Saúde, da Autoridade Tributária, e ainda o Conselho de Administração do Porto da Figueira da Foz.
Adjudicada à Mota-Engil, a empreitada representa um investimento de mais de 20 milhões de euros, com conclusão prevista para 2026. A intervenção contempla o aprofundamento do canal de navegação e o alargamento da frente de cais, de forma a permitir a receção de navios de maior dimensão, acompanhando, assim, a evolução do transporte marítimo internacional.

Cais mais largo e mais profundo
O principal objetivo da empreitada é garantir que, após a intervenção no canal de navegação e no cais comercial, o Porto da Figueira da Foz possa operar navios de maior porte e com maior segurança, beneficiando todas as embarcações que utilizam a área portuária.

Para isso, está previsto o aprofundamento da barra, do canal de navegação e da bacia de manobras (desde a barra até à ponte Edgar Cardoso), a ampliação do cais e o seu apetrechamento — incluindo o aprofundamento, infraestruturas hidráulicas e elétricas de apoio, construção de um novo pontão para estacionamento de rebocadores, remoção dos molhes da Doca dos Bacalhoeiros e reabilitação dos paredões de poente e nascente —, permitindo a criação de uma bacia de manobra em frente ao cais acostável. A empreitada inclui ainda trabalhos de minimização de impacto ambiental e ações arqueológicas.

A nova estrutura será suportada por 126 estacas metálicas, sendo que só esta componente de betão armado e fundações representa um investimento de 5,38 milhões de euros — cerca de 26% do valor total da empreitada. O projeto prevê ainda o apetrechamento do novo cais com equipamentos de apoio à operação portuária, como defensas, cabeços de amarração, escadas metálicas e argolões, com vista a uma maior segurança e funcionalidade.

Investimento partilhado: um “projeto diferenciador”

A obra é cofinanciada por várias fontes: 9,1 milhões de euros através do programa “Sustentabilidade 2030”, 4,4 milhões de euros por empresas privadas com atividade no porto (Celbi, Navigator, Operfoz e Yilport) e 8,4 milhões de euros com fundos próprios da Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF).

As fontes de financiamento tornam este um projeto “diferenciador em termos de investimento em infraestrutura”, segundo o presidente da Comunidade Portuária, Gonçalo Vieira, sublinhando que esta é a primeira vez, em Portugal, que há um investimento privado a apoiar diretamente a infraestrutura portuária. Considerou ainda que esta é “a obra para as próximas duas décadas. Uma obra que vai ficar para o futuro da Figueira da Foz”, potenciando não só a carga produzida localmente, mas também “em toda a região Centro”.

Eduardo Feio, Presidente do Conselho de Administração do Porto da Figueira da Foz, aproveitou o momento para salientar que “este aprofundamento é fundamental para todos os que usam o porto, desde o comércio à pesca, passando pelo recreio”, acrescentando que a intervenção “vai permitir trazer outra tipologia de navios, nomeadamente os pequenos cargueiros”. Realçou ainda que a obra é relevante porque “ganhamos uma quota de 8”, o que permitirá “receber neste porto navios com calado de 8 metros”.

Também Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, considerou esta obra uma “decisão importantíssima” e “um sonho agora tornado realidade”.

“Um novo ciclo para os portos de Portugal”
O Secretário de Estado das Infraestruturas referiu que esta intervenção marca “um novo ciclo” para o Porto da Figueira da Foz e também “um marco daquilo que será o novo ciclo para os portos de Portugal”. Num discurso em que delineou as prioridades estratégias do Governo para o setor — assente na sustentabilidade, digitalização e intermodalidade — Hugo Espírito Santo sublinhou que o Porto da Figueira da Foz “tem um papel central” e que a meta é atingir “três milhões de toneladas por ano”.

Sobre a obra, cujo desenvolvimento principal se inicia agora, o Secretário de Estado destacou que é “fundamental para conseguirmos ter embarcações maiores”, uma vez que “o mercado de shipping a nível mundial vive de embarcações maiores”. Expressou ainda a sua ambição para que o Porto da Figueira da Foz “seja o porto de referência para toda esta zona industrial”, uma vez que considera que “tem um papel central de carga contentorizada”.

Com este investimento, o Porto da Figueira da Foz dá um passo firme na modernização da sua infraestrutura, garantindo mais eficiência, maior atratividade para novos tráfegos e reforçando o seu papel estratégico no sistema portuário nacional.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Nuficol organiza 7 feiras extras todas as 3ªs feiras em julho e agosto!


O Nuficol - Núcleo Figueirense de Colecionadores, para além da sua já tradicional Feira de Antiguidades, Velharias e Colecionismo que leva a efeito nos primeiros sábados de cada mês no Passeio Marítimo da Figueira da Foz, o Nuficol vai realizar um ciclo de sete feiras extraordinárias no mesmo local, a todas as terças-feiras de julho e agosto, já a partir de amanhã (15.jul.2025), decorrendo a última a 26 de agosto.

Depois de idêntica iniciativa no ano passado que suscitou forte adesão quer de feirantes de todo o país quer de público, espera o Nuficol contribuir uma vez mais para a dinamização da cidade, em particular na sua zona ribeirinha e naqueles dias da semana.

domingo, 6 de julho de 2025

Quarteto musical da Força Aérea foi à Misericórdia Obra da Figueira e encantou os utentes

Integrado no 73º aniversário da Força Aérea que este ano se realizou na Figueira da Foz com diversas ações de âmbito militar, cultural e social, houve também a particularidade de assinalar essa efeméride por algumas das instituições de solidariedade social da Figueira da Foz através de pequenos concertos.

Assim, na manhã da passada 4ª feira um quarteto de instrumentos de sopro marcou presença no Lar de Santo António, na Misericórdia Obra da Figueira, aqui a representar e promover a imagem da Força Aérea e a sua história em eventos de âmbito cultural o que é costume realizar através da efetivação de concertos e tattoos, em território nacional e no estrangeiro, que vão realizando no âmbito das referidas comemorações.

Foi plena e visível a satisfação demonstrada pelos utentes que desfrutaram desta oportunidade musical durante cerca de meia hora perante este quarteto. Quarteto que faz parte da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa criada em 31 de dezembro de 1957 na dependência da então Secretaria de Estado da Aeronáutica e que reúne, na sua maioria, executantes de primeiro plano.

A Banda de Música da Força Aérea, para além de participar nas cerimónias militares oficiais quer no âmbito da Força Aérea Portuguesa quer no âmbito do protocolo de Estado, tem contribuído, como elemento de divulgação cultural, para o enriquecimento do meio musical português, realizando concertos do mais alto nível por todo o país e ainda representando internacionalmente Portugal em diversos países.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Utentes da Misericórdia nas “Conversas com Memória” na Biblioteca e assistiram a um musical no Caras Direitas e MOF deu apoio à Cercicaper

Agora que as condições meteorológicas são mais propícias a atividades lúdicas no exterior, as iniciativas com os utentes na Misericórdia Obra da Figueira multiplicam-se na Instituição e fora dela, com programas diversificados como aqui vamos fazer referência a alguns desses eventos, realizados ou acompanhados pelos animadores a outros promovidos fora de portas.A convite da Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás, a Misericórdia Obra da Figueira e a Escola Básica do Viso, participaram numa iniciativa intergerecional no âmbito do Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.

Na atividade intitulada “Conversas com Memória – Ouvir é um ato de Amor” foi uma manhã de partilha e afeto entre gerações, entre um grupo de utentes dos lares da Misericórdia Obra da Figueira e um grupo de alunos do 3º ano da Escola do Viso acompanhados pelas respetivas professoras. Durante a manhã fizeram perguntas, contaram e trocaram experiências de vida, foram pedidos conselhos aos mais velhos, tudo isto num ambiente informal e bastante acolhedor.

Como símbolo deste encontro, foi criado um mural coletivo, com mensagens escritas pelas crianças, dirigidas aos seniores. Palavras simples, mas cheias de significado, como “respeito”, “abraço”, “amor” e “amizade”, que agora permanecem visíveis na biblioteca como sinal de um compromisso: ouvir é cuidar, e cuidar é amar

Os utentes gostaram muito de participar nesta atividade com crianças e ainda trouxeram um cartaz feito pelas crianças onde escreveram o que sentiram durante esta manhã com os mais idosos.

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No passado dia 18 de junho alguns utentes da Misericórdia Obra da Figueira foram assistir a um Musical Primaveril que foi realizado no grupo Caras Direitas em Buarcos.

Esta foi uma ação levada a cabo pela Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, que convidou algumas Instituições entre as quais a Misericórdia Obra da Figueira.

O Musical foi feito por artistas amadores seniores, para um público também esse sénior.

O espetáculo foi engraçado, que permitiu até a alguns dos utentes encontrarem amigos também a assistir ao teatro, com uma tarde muito bem passada.

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Cercicaper faz férias na Figueira da Foz

A Cercicaper - Cooperativa de Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Castanheira de Pera, está a realizar a sua colónia de férias na Figueira da Foz, ficando alojados no The Foz Beach Hotel, em Buarcos de 23 a 27 de junho, contando com a colaboração da Misericórdia Obra da Figueira da Foz no fornecimento das respetivas refeições (almoços, lanches e jantares).

Trata-se de um grupo de 24 pessoas, entre os 19 e 66 anos, cujas refeições são servidas nas instalações da Misericórdia Obra da Figueira.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Banda de Santana atuou em Zamora nos 900 anos da Auto-Investidura do Infante D. Afonso Henriques

O maestro Francisco M. Relva Pereira enviou-nos o seguinte texto com o balanço da participação da Banda de Santana nos 900 anos da Auto-Investidura do Infante D. Afonso Henriques em Zamora, Espanha:

“A Banda de Santana esteve em Zamora, neste fim de semana de 7 e 8 de junho, nas comemorações dos 900 anos da Auto-Investidura do Infante D. Afonso Henriques.

Foi uma honra e um privilégio participar neste evento que no fundo constituiu o primeiro ato para o nosso país se tornar independente. Felicito o Dr. José Ribeiro e Castro, mui Digm.º presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, pela ousadia de sonhar e tornar real a comemoração de um marco tão importante para a história de Portugal, tendo recheado estes dias de momentos tão interessantes e tão belos.

Igualmente, parabenizo os músicos pelo excelente trabalho realizado a todos os níveis, quer da execução, postura, garbo, sentido de responsabilidade e empenho, bem como à direção da Sociedade Musical Santanense (SMS) pela dedicação e pelas démarches realizadas para que nada falhasse, com um elevado sentido de responsabilidade afetiva num momento histórico tão marcante.

Existem momentos em que eu fico muito feliz como maestro da Santanense, que vi uma oportunidade de elevar ainda mais a Banda de Santana com a participação neste evento histórico em terras de Espanha - Zamora. Persisti e também sonhei que seria possível, com esta “aventura”, representar Portugal, a nossa terra Santana e as nossas gentes com um concerto único e memorável protagonizado apenas pela nossa Banda.

Assim, fica mais uma etapa inscrita a ouro no riquíssimo currículo desta Banda. Para "coroar" o momento, compus em primeira audição e estreia mundial mais uma partitura da minha autoria intitulada "Ao Rei Fundador".

Foram dias de muito trabalho, mas deliciosos e recheados de cultura, música e animação na capital do românico ibérico. Os monumentos, a animação, a simpatia das pessoas, as ruas cheias de gente a aplaudir a Banda de Santana, constituíram também uma agradável surpresa, além de contactos estabelecidos para posteriores atuações em Espanha.

Finalmente, agradeço ao município da Figueira da Foz todo o apoio e a colaboração que deu para que esta epopeia por terras de Espanha fosse possível. Sem essa ajuda, não teria sido viável concretizar este projeto, que representa não só um feito marcante para a Figueira da Foz, mas também para Portugal.

Eternamente grato a todos.”

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Portos de Aveiro e Figueira da Foz estão em Munique a participar na Transport Logistic 2025

Os Portos de Aveiro e da Figueira da Foz estão a participar na Transport Logistic 2025, a decorrer de 2 a 5 de junho em Munique, Alemanha, integrando a representação conjunta de entidades nacionais do setor portuário e logístico.

Esta presença insere-se no stand conjunto dos Portos de Portugal, coordenado pela APP – Associação dos Portos de Portugal, que reúne também os portos de Leixões, Lisboa, Setúbal e Sines. O Porto de Aveiro participa pela terceira vez neste certame, enquanto o Porto da Figueira da Foz marca a sua estreia, reforçando a visibilidade internacional dos dois portos da região centro e o seu compromisso com a promoção externa da oferta portuária nacional.

A iniciativa representa um esforço coletivo de promoção internacional da oferta portuária portuguesa, evidenciando a sua competitividade, conectividade e relevância estratégica no comércio global.

A delegação portuguesa inclui ainda diversos parceiros do setor, entre os quais se destacam: NVOExpress, Portline, Yilport Iberia S.A., Zaldesa – Zona de Actividades Logísticas de Salamanca, AICEP Global Parques, OJE Logistics e PTM Ibérica. Esta participação reforça o espírito de colaboração e a capacidade de resposta integrada do ecossistema portuário português.

O ponto alto da presença nacional teve lugar ontem, com a realização do evento “Networking dos Portos de Portugal”, que proporcionou uma oportunidade privilegiada para o estabelecimento de conexões estratégicas, identificação de novas parcerias comerciais e promoção das valências dos portos de Aveiro e da Figueira da Foz.

A Transport Logistic é reconhecida como a principal feira internacional nas áreas da logística, mobilidade, tecnologias de informação e gestão da cadeia de abastecimento, reunindo em Munique os principais players globais do setor.

A participação dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz nesta edição da Transport Logistic reforça o seu compromisso com a internacionalização, o desenvolvimento sustentável e a consolidação de ligações estratégicas com os principais mercados internacionais.

terça-feira, 3 de junho de 2025

A Banda de Santana participa em Espanha nas comemorações dos 900 anos da Auto Investidura do Infante D. Afonso Henriques

Num texto que nos foi enviado por Francisco Manuel Relva Pereira, maestro da Banda de Santana, é explicado este honroso convite:

“A convite da Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP) para as comemorações dos 900 anos da Auto Investidura do Infante D. Afonso Henriques, com o alto patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, a Banda de Santana da Figueira da Foz irá participar nestas festividades que envolvem, além da SHIP, também a Fundação Afonso Henriques de Zamora e muitas outras entidades de Portugal e de Espanha.

No dia 7, a Banda de Santana partirá cedo rumo ao país vizinho. A cidade de Salamanca servirá como “quartel-general”, onde se saciará o estômago e depois a pernoita, havendo tempo para retemperar forças.

De tarde, seguiremos para Zamora para realizarmos um ensaio de colocação nos Jardins da Fundação Afonso Henriques, de forma a garantir que tudo esteja pronto para o início do concerto previsto para as 17h30, onde as entidades, os oradores, conferencistas e as comunidades de ambos os países, assistirão ao concerto que a Banda de Santana fará, a qual executará temas musicais que o maestro da santanense escreveu para o efeito.

Sendo a única banda a realizar essa “performance”, todos estarão plenamente conscientes da responsabilidade assumida. Para isso têm trabalhado com dedicação e empenho para que tudo decorra sem falhas nem contratempos.

Neste dia 8 de junho de 2025, domingo de Pentecostes, estaremos então em Zamora, com a Grã Ordem Afonsina (de Guimarães) e a Fundación Rey Afonso Henriques (de Zamora/Bragança), para assinalar e festejar os 900 anos da auto-investidura do infante Afonso Henriques como Cavaleiro, na Catedral de Zamora. Na vida pública de Afonso Henriques, este foi o primeiro gesto público da sua vontade real, sendo, então, muito jovem (15 anos de idade). Neste dia, declarara-se que estamos a abrir as portas do 9.º Centenário de Portugal.

Nesse dia, a Banda de Santana, das Chãs – Leiria e a Banda Mirandesa de Miranda do Douro, executarão, em frente à referida Catedral, os seguintes hinos: “Hino Patriótico”, “Hino da Carta”, “Hino da Maria da Fonte” e “Hino da Restauração”.

Esta execução será conjunta, sob a coordenação e batuta do maestro da Banda de Santana. Seguir-se-á um desfile individual, desde esse local até à Praça Maior, onde os mesmos hinos serão novamente interpretados, encerrando com a execução solene do nosso Hino Nacional.

Será um fim de semana repleto de responsabilidade, mas também haverá espaço para desfrutar das paisagens e explorar as zonas históricas das cidades referidas, constituindo um verdadeiro “bónus” pelo esforço e dedicação dos músicos, da direção e de todos os envolvidos.

Por último, agradeço o empenho, a ajuda e a cooperação da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Sem esse precioso apoio, não teria sido possível concretizar este objetivo e responder afirmativamente a este honroso desafio, que certamente ficará registado na história da Banda de Santana e do Município da Figueira da Foz. O nosso sincero obrigado."

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Maestro da Banda de Santana - Francisco M. Relva Pereira - foi eleito presidente dos delegados da Confederação Musical Portuguesa

No passado dia 1º de maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Pombal, decorreu a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Confederação Musical Portuguesa (CMP) para o biénio 2025-2027, sob o olhar atento e simbólico do Marquês de Pombal, que testemunhou este momento marcante para a música portuguesa.

A sessão teve início com as palavras de boas-vindas do presidente da Câmara Municipal de Pombal, Pedro Alexandre Antunes Faustino Pimpão dos Santos, que no seu discurso proferiu frases de incentivo, dirigidas não só aos presentes como também aos autarcas de todo o país, apelando ao reforço do apoio às bandas de música civis nos respetivos territórios.

Seguidamente, procedeu-se à leitura da ata e à assinatura da tomada de posse, seguindo-se os discursos protocolares e de vários intervenientes. Nestes, destacou-se o trabalho contínuo da CMP na defesa e valorização da “Filarmonia”, através da sua atuação junto dos diversos Grupos Parlamentares, agentes culturais e entidades governamentais, nomeadamente em alguns ministérios.

Foi ainda deixado um apelo a todas as bandas de música civis do país para que se associem à CMP de forma a estarem mais representadas e protegidas. Recomendou-se, em particular, que levem consigo, durante as festas e romarias em que participam, a Declaração Modelo disponibilizada pela CMP. Este documento poderá ser essencial em caso de fiscalização por parte da GNR ou PSP, evitando eventuais coimas.

A Confederação Musical Portuguesa, pessoa coletiva nº 504610503, é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 6 de junho de 2001, com estatutos publicados no Diário da República – III Série de 29 de janeiro de 2002, tendo a sua sede social na Casa da Filarmonia, Rua Francisco Stromp, nº 1, em Lisboa. É uma confederação nacional ao serviço das bandas filarmónicas portuguesas, que congrega as federações e associações regionais, distritais e concelhias e as associações culturais e outras instituições sem fins lucrativos que possuem agrupamentos musicais habitualmente designadas por Bandas de Música Civis.

Tem por missão dignificar, valorizar e representar institucionalmente as cerca de 750 bandas filarmónicas portuguesas, algumas com mais de 200 anos de existência, que englobam aproximadamente 22.500 músicos e 3.750 maestros e professores de música, fomentando o ensino, o cultivo e a divulgação da nobre arte da Música.

Para além do seu papel de representação institucional, a ação desenvolvida pela CMP tem como principais objetivos a elevação da qualidade artística e organizativa das citadas Bandas e a melhoria da qualidade do ensino nas suas escolas de música, que constituem desde há mais de 2 séculos um dos principais pilares da cultura portuguesa.

Nunca renegando as suas origens e a sua “querida Ançã”, Francisco M. Relva Pereira foi eleito presidente do Conselho de Delegados e simultaneamente conselheiro da CMP, representando a Banda de Santana - Sociedade Musical Santanense, de Santana, Figueira da Foz, da qual muito se orgulha de ser o seu maestro há 40 anos, localidade onde os santanenses e as comunidades com quem convive, o acarinham, respeitam e admiram devido à sua educação, simplicidade, integridade a vários níveis, nomeadamente como profissional, militar, “condutor de homens”, inventivo em projetos, compositor, escritor, investigador, académico e sobretudo pela sua competência, entrega e dedicação à música.

Nas suas palavras de agradecimento, expressou o seu reconhecimento ao dr. Martinho Caetano, Presidente da CMP, e a todos os colegas, pela confiança nele depositada, facto esse que acontece devido às provas dadas ao longo dos tempos, como atrás já foi referido, motivos mais que suficientes para o lugar que foi eleito.

(Texto enviado por António Parreiral)

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Festas de Santo António 2025 – Distribuição simbólica de pães e cravos

A Misericórdia – Obra da Figueira informa os interessados que a entrega de senhas para a distribuição simbólica de pães e cravos a efetuar no dia 13 de junho, terá lugar nos dias 2 (segunda-feira), 3 (terça-feira) e 4 (quarta-feira) de junho, das 10 às 17 horas, na receção, no Largo Silva Soares.

Cada pessoa terá direito a levantar uma senha para pão e outra para cravo.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Festival de Petiscos na Filarmónica Dez de Agosto

A Sociedade Filarmónica Dez de Agosto vai promover no próximo sábado dia 17 à noite, pelas 19h30, na sua sede, um Festival de Petiscos. Normalmente servidos como entrada ou aperitivos, os petiscos são pequenas porções de produtos culinários, os quais são variados e até podem servir de refeição e são vulgares e típicos em Portugal.

Na vizinha Espanha recebe o nome de tapas. Nesta linha tradicional a Dez de Agosto vai apresentar e servir diversos petiscos que mostram um pouco da culinária da nossa região.

As inscrições são limitadas e podem ser realizadas através do telemóvel 934 917 916.

Este Festival de Petiscos integra atuações do Grupo de Cantares da Dez de Agosto e do grupo leiriense Cantares na Eira.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Papagaios rimam com Quiaios - Cores no Ar Magia no Olhar!

O Festival Internacional de Papagaios de Quiaios regressa este fim de semana - sábado dia 3 e domingo dia 4 de maio - ao areal da Praia de Quiaios sob o mote “Cores no Ar, Magia no Olhar” nesta que é a quarta edição do evento e um convite à diversão para toda a família!
O céu vai ser tomado por papagaios gigantes que vêm da Tailândia, Colômbia, Croácia, França, Espanha e Portugal e por espetáculos de voo sincronizado, com papagaios acrobáticos de duas e quatro linhas, de equipas provenientes de Portugal, Espanha e França. Os mais pequenos têm acesso livre a insufláveis, pinturas faciais, modelagem de balões, ateliers de construção de papagaios e podem ainda assistir à demonstração da construção de papagaios tradicionais da Lourosa.

As surpresas e a animação itinerante também não vão faltar. Na noite de sábado, os papagaios gigantes iluminam-se e prometem transformar o céu da Praia de Quiaios numa tela colorida e esvoaçante.

A entrada é livre.

O Festival Internacional de Papagaios de Quiaios é uma iniciativa da Junta de Freguesia de Quiaios, produzido pela Associação Cabeças no Ar…Te, que visa a dinamização da economia local e o posicionamento da Praia de Quiaios como destino de família.

Este ano, a 4 de maio, o Festival Internacional de Papagaios de Quiaios cruza-se com o 5º Trail Run Aqui Há-Os, organizado pelo Clube de Enduro e Recreio Talentos Objetivos. Os atletas de competição e os participantes da caminhada vão encontrar a Praia de Quiaios como nunca a viram!

sábado, 19 de abril de 2025

Lions Clube da Figueira da Foz elegeu como 'Cidadão da Figueira 2025' Ana Baltazar >> a primeira mulher Major-General em Portugal!

O Lions Clube da Figueira da Foz procedeu no passado dia 11 de abril, em Assembleia Geral, à escolha da personalidade que, no ano de 2025, recebeu a distinção de “Cidadão da Figueira”. O processo que, segundo o seu Regulamento, admitia propostas feitas pelos sócios até ao final do mês de março, teve o seu desfecho com a honrosa escolha da Major-General da Força Aérea Portuguesa Ana Rita Baltazar.

Ana Baltazar, figueirense nascida em Tavarede a 2 de Abril de 1973, é a militar portuguesa que, historicamente, se tornou a primeira mulher oficial ao posto de Major-General das Forças Armadas Portuguesas no ramo da Força Aérea, numa cerimónia que teve lugar em 22 de outubro de 2024.

A distinção será entregue em cerimónia a realizar no dia 28 de junho durante uma Assembleia / Almoço do Lions Clube da Figueira da Foz.

Algumas notas biográficas:

Ana Baltazar ingressou no quadro permanente da Força Aérea em 1991 na especialidade de Engenharia Aeronáutica. Ao longo da carreira, desempenhou diversas funções com destaque para a docência na Academia da Força Aérea, as funções de representante do Comando da Logística da Força Aérea na OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, adida de Defesa em Berlim e a de Sub-diretora da Direção-Geral de Política da Defesa Nacional cargo que exerce atualmente.

Ana Baltazar é licenciada na Academia da Força Aérea m Engenharia Aeronáutica, curso que terminou em 1998, com convénio com o Instituto Superior Técnico onde estudou Engenharia Aeroespacial, ramo aeronaves. Fez a sua dissertação de Mestrado, em 2008, em "Estudos da Paz e da Guerra, Espaço (satélites)" na Universidade Autónoma de Lisboa, e é doutorada pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (2020), em "Erro Humano e Erro Organizacional em atividades de manutenção aeronáutica". Pelo meio, realizou, com sucesso, o curso de Promoção a Oficial General, Ciências Militares, em 2021, no Instituto Universitário Militar.

Da sua folha de serviços constam diversos louvores e condecorações de que se destacam o grau de Dama (DmA) da Ordem Militar de Avis, uma medalha de Serviços Distintos, duas Medalhas de Mérito Militar e a Medalha de Comportamento Exemplar.

Do seu currículo, fazem ainda parte diversos cursos frequentados na NATO School e destaca-se a co-autoria no livro “A Transformação do Poder Aeroespacial - Tendências Internacionais e as Operações Expedicionárias da Força Aérea", em 2013.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Filarmónica Dez de Agosto “queima o Judas” neste sábado de Aleluia e participa num Festival de Música Popular no fim do mês!

QUEIMA DO JUDAS

Fiel às suas tradições a Sociedade Filarmónica Dez de Agosto da Figueira da Foz vai realizar no próximo dia 19, sábado de Aleluia pelas 12 horas, a Queima dos Judas.Será no Largo de São João do Vale, zona histórica da cidade .Seja para representar a atitude maléfica do discípulo Judas que traiu Jesus, seja para representar a chegada da primavera queimando-se o inverno, esta tradição, quase global, está enraizada na cidade.

Assim, a organização convida a população em geral e em concreto as crianças a estarem presentes, sendo distribuídas algumas guloseimas durante a malhação de um boneco representativo de Judas.

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FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR

O Grupo de Cantares da Dez de Agosto vai participar na quarta-feira dia 30 de abril, à noite, no Festival de Música Popular em Âncora (Vila Praia de Âncora) no âmbito das Festas do Maio Florido.A Dez de Agosto disponibiliza alguns lugares para sócios e figueirenses em geral que desejem acompanhar em autocarro o seu Grupo de Cantares bem como as seguintes visitas previstas para esta bela zona do Minho: Museus do Traje e das Artes Decorativas em Viana do Castelo e Capela da Senhora da Agonia e Mosteiro de Santa Luzia em Viana do Castelo; o Maio Florido em Vila Praia de Âncora e, ao fim da noite, espetáculo de música popular e tradicional em Âncora.

Os interessados podem conhecer as condições para a viagem na sede da Dez de Agosto, na Rua das Rosas, 45, ou através do email (sfdezdeagosto@gmail.com).

A Dez de Agosto pede aos interessados para se inscreverem logo que possível dado o número limitado de passageiros.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Utentes da Misericórdia Obra da Figueira visitaram um antigo moinho em Moinhos da Gândara

No âmbito do Dia Nacional dos Moinhos / Moinhos Abertos - que se comemora a 07 de abril - um grupo de utentes do Lar de Santo António e Lar Silva Soares da Misericórdia Obra da Figueira, foram visitar um antigo Moinho, em Moinhos da Gândara.
Este moinho, que foi inaugurado em 2006 por persistência da Mó Gândara – Associação Cívica de Defesa dos Moinhos e do Ambiente, foi adquirido e restaurado recentemente pela Autarquia Figueirense, com um investimento total de 136 763,85€, com o objetivo de dar a conhecer ao público e a quem o visita, como era fazer a farinha para a broa ou o pão ou mesmo o farelo para os animais.

A génese deste projeto remonta a 2018, quando o Município adquiriu o Complexo Molinológico à Mó Gândara – Associação Cívica de Defesa dos Moinhos e do Ambiente, entidade que, no início do século XXI, identificou e recuperou as ruínas de dois moinhos históricos que laboravam na mesma linha de água.
“O Centro Interpretativo foi pensado para ser mais do que um museu”, explica a Câmara Municipal. “É um espaço pedagógico e cultural, onde a comunidade e os visitantes podem aprender sobre a importância histórica dos moinhos, enquanto refletem sobre a sustentabilidade e o valor da preservação patrimonial”.

No local estão expostas zonas não só de moagem mas também um antigo borralho com as características panelas de ferro, assim como outros objetos da época que os utentes tão bem reconheceram e recordaram da sua infância e juventude, onde há oportunidade de pôr "as mãos na massa" para cozer broa ou fazer tortas diversas com chouriço, sardinha, etc.

A visita, orientada e explicada por José Cabete coautor da remodelação do moinho, só foi possível pela colaboração da Câmara Municipal com a cedência de transporte.

domingo, 6 de abril de 2025

Projeto da Associação Novo Olhar (ANO) sobre a Intervenção Social na Figueira da Foz

A Associação Novo Olhar (ANO) dá corpo ao projeto PERSONAL-IDADES, um marco na intervenção social da Figueira da Foz, integrado no Contrato Local de Desenvolvimento Social 5ª Geração (CLDS5G). Com um modelo inovador, este projeto não apenas responde às necessidades identificadas no território, mas também reforça a inclusão e a coesão social através de ações concretas, personalizadas e descentralizadas, que promovem o bem-estar e a igualdade de oportunidades para todos.

A intervenção do projeto PERSONAL-IDADES vai consolidar uma rede de suporte e desenvolvimento que acompanha cada indivíduo e comunidade ao longo da vida, desde a infância à terceira idade. É um pacto sólido com a inclusão e a dignidade, impulsionando mudanças positivas e sustentáveis nos próximos quatro anos. Com um olhar atento e sensível, o projeto aposta na proximidade e na escuta ativa como pilares fundamentais para uma intervenção eficaz e duradoura.
A intervenção será implementada em todas as freguesias do Município, com maior  cidência nas zonas de maior vulnerabilidade social, conforme identificado nos Diagnósticos Sociais e Planos de Desenvolvimento Social (PDS) da Figueira da Foz, atualizados em 2024.
O PERSONAL-IDADES distingue-se pela sua abordagem humana e inovadora,
moldada para se adaptar às reais necessidades da comunidade, tornando-se um verdadeiro motor de transformação social. Mais do que um projeto, trata-se de um compromisso coletivo que coloca cada pessoa no centro da ação.

Esta abordagem integrada resulta da colaboração entre diversos parceiros locais e beneficiários de programas anteriores.

O projeto PERSONAL-IDADES será conduzido por uma equipa multidisciplinar, que atuará em diversas frentes: combate ao desemprego, capacitação de famílias com crianças e jovens a cargo, apoio a comunidades vulneráveis, promoção do envelhecimento ativo, apoio à população sénior, desenvolvimento comunitário e respostas em situações de emergência e exceção.

Este projeto reforça a complementaridade com as respostas já existentes no município, garantindo que a ação incida nas franjas populacionais menos protegidas e oferecendo suporte em todas as fases do ciclo de vida.

O trabalho em rede, realizado com o empenho de todos os intervenientes, é essencial para garantir um impacto real e duradouro nas populações mais necessitadas. Para mais informações, contacte-nos através do e-mail (novolhar.cldsg@gmail.com), pelo telefone 961042015 ou visite a página de Facebook CLDS5G da Figueira da Foz.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Ferreira-a-Nova comemora o seu Dia da Freguesia 2025 no próximo domingo

A Freguesia de Ferreira-a-Nova irá realizar no próximo dia 30 de Março a Comemoração do Dia da Freguesia 2025.

E nesse sentido, e em comunicado, lança o convite a toda a população:“Endereçamos o convite a toda a população para que a mesma possa participar de forma ativa para engrandecer a comemoração em questão, através da sua participação no diversificado programa comemorativo elaborado para o efeito e que passa pela realização do tradicional passeio de bicicletas pela freguesia, pelo almoço convívio no exterior do edifício sede da Junta de Freguesia e na tarde de animação realizada pelas Associações da Freguesia, destacando-se a atuação da Filarmónica Santanense, do Rancho Rosas de Maio e do Grupo de Dança Anjos D`Azul.

Paralelamente também será realizado no Campo do Calvário um jogo de futebol de 11 entre antigos jogadores do Clube Académico de Santana e do Grupo Desportivo Ferreirense, efetuando-se assim uma reedição dos célebres jogos Santana / Ferreira, que traziam sempre muita animação, competitividade e espírito de comunidade aos pelados das duas localidades."

quarta-feira, 26 de março de 2025

A explicação das Marchas Fúnebres e o (des)conceito da sua utilização!

O maestro Francisco Manuel Relva Pereira explica os conceitos das Marchas Fúnebres e o que diz ser o (des)conceito da sua utilização:
 

“Correndo o risco de não ser bem interpretado, e depois de algumas hesitações em escrever sobre a matéria que serve de título ao presente artigo, chegou o tempo de poder dar o meu contributo para dar a conhecer e esclarecer quem utiliza (ou não) as “marchas fúnebres”, não as adequando ao momento, às solenidades, e até mesmo desconhecendo a sua história, bem como e quando devem ser executadas.
Sabemos que essa responsabilidade é dos maestros, porquanto os diretores. “grosso modo”, não dominam a matéria, e a grande maioria dos músicos obedecem às indicações dos seus “regentes”, confiando na sua sabedoria, independentemente do seu nível de competência ou (des)conhecimento musical.

A exemplo: as "marchas fúnebres nas Procissões dos Passos e do Enterro do Senhor" referem-se a uma tradição comum em várias regiões de países de forte tradição católica, especialmente em Portugal e em Espanha, na Quaresma e na Semana Santa. Durante este período, as procissões religiosas representam o sofrimento e a morte de Jesus Cristo. As mencionadas marchas são peças musicais solenes e melancólicas, frequentemente interpretadas pelas Bandas de Música que acompanham as imagens dos Santos ou as figuras do sofrimento de Cristo nas ruas.

As procissões dos "Passos" referem-se às etapas ou "passos" que representam momentos específicos da Paixão de Cristo, onde as já citadas marchas acompanham essas representações de forma solene e com predicados artísticos específicos. Em muitas dessas procissões, as pessoas carregam imagens religiosas, onde essas “marchas tristes” criam uma atmosfera de profunda devoção e veneração.

Essas marchas fúnebres possuem um caráter simbólico, pois ajudam a criar um ambiente de luto e reflexão, convidando os fiéis a meditarem sobre o sacrifício de Cristo. As músicas, geralmente compostas por tons graves e lentos, evocam um sentimento de tristeza, compaixão e respeito pela morte de Jesus. A natureza fúnebre da música está intimamente ligada ao ato da morte de Cristo e na esperança da Ressurreição, que é celebrada no Domingo de Páscoa. Por esse motivo é que as tonalidades iniciais são sempre escritas em modo menor, terminando em maior para personificar a Ressurreição e o júbilo dessa mesma.

Ainda, segundo Ernesto Vieira e Salwa Castelo Branco, entre outros musicólogos que escreveram sobre o assunto em questão, as marchas funestas possuem uma menor dimensão que as restantes marchas de rua, de procissão, militares e outras, com as já citadas tonalidades. Para além da sua utilização na Quaresma, como já se explicou, além dos funerais, das cerimónias Jubilares e das romagens aos cemitérios que existem em algumas zonas do nosso território, tocam-se como “graves e mais lentas” em 4/4, 2/2 ou em passo dobrado 2/4, seguidas normalmente do “Motete ou Moteto”.

Essa forma de polifonia vocal à cappella, com o decorrer dos séculos, foi sendo enriquecida com algum acompanhamento instrumental, devendo ser entoada em língua vernácula, conforme decisão do Concilio Vaticano II, o qual permitiu o uso da língua mãe de cada nação para ser utilizada na liturgia. A entrada em vigor da primeira fase dessa reforma ocorreu a 07 de março de 1965 pela voz da Papa Paulo VI, tornando as suas práticas mais acessíveis ao povo, promovendo uma maior participação na vida da Igreja.

Essa reforma representou um movimento em direção a uma Igreja mais aberta e coerente com a realidade quotidiana das pessoas. Porém, passados 60 anos dessa decisão conciliar, infelizmente” ainda hoje teimam em não cumprir essa determinação, o que coloca em causa a constante renovação da Igreja. Voltando ao tema central da utilização das marchas fúnebres, espero ter contribuído para aclarar e esclarecer um pouco da história da matéria ora apresentada, esperando não ferir qualquer outra opinião, mas apenas acrescentar o quando, o porquê e como deve ser utilizada.

Ao alertar "quando, porquê e como" utilizar essas marchas fúnebres, apenas pretendo “aconselhar” aos mais desatentos sobre a importância de uma utilização cuidadosa e contextualizada dessas peças musicais, sem perder de vista o seu significado e o seu poder de transformação emocional durante as diversas cerimónias. A sensibilidade histórica, cultural e espiritual é fundamental para garantir que essas marchas cumpram o seu papel de forma significativa, profunda e de respeito.”

segunda-feira, 24 de março de 2025

Assembleia Figueirense convoca Assembleia Geral

A Assembleia Figueirense convoca a Assembleia Geral para reunir em sessão ordinária no próximo sábado dia 29 de março, pelas 15 horas, na sua sede, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1- Apresentação, discussão e aprovação do Relatório e Contas de Gerência do Exercício de 2024 e do Parecer do Conselho Fiscal;

2- Proposta de alteração dos estatutos nos termos do seu art.25º;

3- Proposta de distinção de sócios de mérito; 4- Outros assuntos de interesse para a Instituição.