A Sociedade Filarmónica Dez de Agosto afirma que o sábado de 31 de março será para a cidade um dia de memórias, pois vão ser revividas duas antigas tradições da cidade, que por norma têm lugar na véspera do Domingo de Páscoa, sábado santo.
A Queima da Judas, S. João do Vale, 12h00
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A negra lembrança de Judas Iscariotes que traiu Jesus e que haveria de ser espancado, difamado e enforcado” (A. Jorge Lé) que há vários anos não acontece, voltará a ter lugar no típico Largo de São João do Vale. Primeiro, a prova de destreza que recompensará com um bacalhau, uma garrafa de vinho do porto e uma regueifa quem se atrever e conseguir chegar ao topo do pau. Depois, será a vez da criançada bater no boneco de palha até que chovam as guloseimas que o enfermam. Por último, na presença da comunidade, se há de queimar o Judas, castigando-o pela traição. Oportunidade também para a exposição no local de algumas fotografias dos anos 60, evocativas da tradição, da coleção particular de Isabel Girão, que gentilmente as disponibilizou para o efeito.
O Enterro do Bacalhau, com saída e chegada à sede, percorrendo várias ruas da cidade, início às 21h00
O Enterro do Bacalhau, com o seu cariz popular e forte dimensão crítica faz parte das memórias de muitos figueirenses, ocupando hoje um lugar de referência no registo das tradições e costumes da cidade. O acompanhamento musical estará a cargo da Sociedade Filarmónica Paionense.
Em complemento da tradição foram concebidas brochuras explicativas para distribuição pelos Agrupamentos de Escolas, Associações e Coletividades do concelho e para distribuição durante o percurso do cortejo, editada em três línguas (português, francês e espanhol)