A devoção do Divino Senhor da Paciência por parte dos habitantes de Maiorca teve origem no século XVII, quando a imagem do Senhor da Paciência começou por ser colocada num nicho por uma devota mulher de nome Mariana Monteiro. A capela nas Cruzes, em sua honra só começou a ser construída em 1707 com esmolas do povo, em 1712 era administrada pelo pároco e em 1723 era considerada uma das dez ermidas da Igreja de S. Salvador de Maiorca, que era um vigaria e em 1825. A capela sofreu obras de remodelação, cuja configuração ainda hoje se conserva.
Esta festividade tem a particularidade se ser exclusivamente religiosa, sem foguetes e sem componente profana, e as suas três procissões noturnas atraem todos os anos milhares de devotos que pagam as suas promessas, muitos deles a fazerem-no de rastos ou de joelhos, e com a participação de dezenas de crianças vestidas de figuras religiosas. A próprias composições musicais que a Banda de Maiorca executa nestas procissões do Senhor da Paciência, cuja denominação é “Os Passos do Senhor da Paciência”, foram compostas à muitos anos e são executadas exclusivamente nestas festividades.
As festividades em honra do Divino Senhor da Paciência em Maiorca, a figura religiosa com mais devoção na freguesia de Maiorca, vão decorrer de 17 a 25 de novembro com as seguintes iniciativas e horários:
17 de novembro
18h30, missa na Igreja Matriz; 19h00, procissão da Igreja Matriz para a Capela do Senhor da Paciência; 19h30, procissão da capela com a imagem do Senhor Paciência para a Igreja Matriz.
18 de novembro
09h00, arruada pela Filarmónica Maiorquense pela freguesia; 16h00, missa na Igreja Matriz acompanhada pela Banda da Associação Musical União Filarmónica Maiorquense seguida de procissão com quatro paragens para serem cantados os passos do Senhor.
De 19 a 24 de novembro
pelas 21 horas, será realizada a oração do rosário na Igreja Matriz de Maiorca.
25 de novembro
16h00, missa, seguida de Procissão com a Imagem do Senhor da Paciência da Igreja Matriz para a sua capela.
Esta romaria é feita com os semblantes escondidos na escuridão, iluminados apenas pelas velas que os fiéis levam na mão. O silêncio que caracterizam as procissões é ensurdecido, ouvem-se apenas os gemidos da dor dos devotos que pagam as suas promessas de joelhos ou de rastos.